domingo, 18 de agosto de 2013

Dica de cinema: Zarafa

Para quem ama filmes de animação e conhece apenas produções feitas nos EUA, Zarafa é um ótimo início para quem quer adentrar ao mundo animado fora do circuito Hollywoodiano. O filme é realizado pelos franceses Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lieé e é baseado na história real da primeira girafa enviada a França de presente ao rei francês Charles X pelo paxá egipcio Muhammad Ali. A história é contada por um ancião de uma tribo sudanesa às crianças sobre a amizade e as aventuras de Maki, um menino negro que consegue fugir de um mercador de escravos, Hassan, um nômade árabe e Zarafa (uma girafa).

O filme é belo do início ao fim. Não somente pela história, mas pelos traços desenhados de paisagens e personagens. É uma obra que se deve ter obrigação de assistir pela beleza de sua história e por mostrar o valor da vida, da amizade e da palavra. Personagens como o rei Charles X e Saint Hilaire aparecem de uma forma um tanto quanto debochadas...Mas dá-se crédito ao tom irônico em que o diretor retrata a nobreza francesa de época. Além disso, a linguagem utilizada pelos diretores para retratar a história é única.


Zarafa causou certa polêmica em seu lançamento na França, pois historiados acusaram o diretor de distorcer fatos que trouxeram Zarafa para o país. Por causa disto, o Museu de História Natural Francês criou uma exposição temporária chamada "A Verdadeira História de Zarafa", para expor sua versão da história.

Algo para se prestar a atenção nesta obra é a sutileza de como os fatos vão sendo mostrados ao espectador e o encantamento que nos deparamos ao seu fim. Chorar no término de Zarafa não é bobagem, pois a filme acaba por nos tocar de uma forma ímpar. É um filme para se assistir com toda a familia!!!


Ficha técnica

Filme: Zarafa
Ano: 2012
Direção: Rémi Bezançon e Jean-Christophe Lieé

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O sonho de Wadjda

O primeiro filme dirigido por uma mulher na Arábia Saudita é singelo e belo. A história se passa no subúrbio de Riad onde vive Wadjda, uma menina de 12 anos que usa tênis, ouve rock´n´roll e tem um sonho: comprar uma bicicleta para disputar uma corrida com seu amigo.

Aparentemente, o filme parece querer mostrar todo o lado opressor de uma sociedade machista e conservadora. Todavia, ao decorrer dos minutos, o espectador acaba por se envolver com os personagens. A realidade mostrada em O sonho de Wadjda existe e é comum na sociedade saudita. Lá as mulheres não podem dirigir sozinhas e nem andar de bicicleta. 


O filme mostra o "dentro" e o "fora" da vida domiciliar. Dentro de suas casas, mulheres cantam, usam decote, maquiagem e talvez, até joguem Playstation com seus maridos. Na rua, andam cobertas dos pés a cabeça como dita a regra política-religiosa do país.  Já Wadjda transgride todas as regras. É subversiva! A personagem é encantadora. Esperta, inteligente e de boa lábia, a menina acaba por conseguir o que deseja, mesmo não sendo da forma que pensou...
Nos é exposto também a questão da poligamia. A avó da menina está em busca de uma outra esposa para seu pai, já que a mãe da Wadjda não pode lhe dar um filho ( algo mostrado como importante no âmbito familiar). Ao mesmo tempo, nos é sugerido que a diretora da escola onde Wadjda estuda tem um caso com um homem. 


O sonho de Wadjda é mais um filme da boa safra que nos chega de tão distante.  Seus ingredientes nos fazem refletir até mesmo sobre a nossa sociedade tão liberal, mas mesmo assim tão opressora. Na verdade, a película pode nos fazer refletir sobre o que realmente é felicidade. Se para uma menina saudita a felicidade está em ter uma bicicleta, nossa felicidade não está também atrelada a pequenas coisas? 

De maneira simples, bela e contagiante, a diretora Haifaa Al-Mansour acaba por quebrar tabus falando de seu cotidiano de forma universal como costumes, religião, mulheres e relacionamento. O sonho de Wadjda é aquele tipo de filme que se sai do cinema querendo contar a história a todos! 


Ficha técnica:

Filme: O sonho de Wadjda - 2012
Direção: Haifaa Al Mansour
Elenco:  Waad Mohammed, Reem Abdullah, Abdullrahman Al Gohani mais
Gênero: Drama
Nacionalidade: Arábia Saudita , Alemanha


sexta-feira, 31 de maio de 2013

Os 10 países no qual a bebida alcoólica é proibida

O "tche, re re re tche, tche" que beber, cair e levantar, nem sempre é visto com bons olhos no mundo. O jornal britânico "The Daily Telegraph" listou os países onde beber é proibido.
1. Estados Unidos
A famosa “Lei Seca” que proibiu a venda de bebidas alcoólicas nos Estados Unidos entre as décadas de 20 e 30 acabou há mais de 30 anos. No entanto, ainda existem diversas cidades onde consumo e venda de álcool são punidos por lei. Cerca de metade das cidades do Mississippi, 83 cidades no Alasca, quatro na Flórida e outras em estados como Texas, Arkansas, Alabama e Kentucky aplicam a proibição.
2. Índia
Diversos estados da Índia possuem leis para prevenir venda e consumo de álcool. Em Gujarat, no leste do país, turistas devem comprar uma autorização para comprar bebidas alcoólicas, oferecida nos hotéis e no aeroporto de Ahmedabad, principal cidade do estado. O álcool encontra-se totalmente banido nas ilhas Lakshasweep e nos estados de Manipur, Mizoram e Nagaland, no norte do país.
 
Emirados Árabes Unidos Desde que cidades como Abu Dhabi e Dubai se desenvolveram como pontos turísticos, turistas do mundo inteiro passam pelos Emirados Árabes Unidos em busca de diversão. Nos lugares mais turísticos, estrangeiros podem consumir bebidas alcoólicas em bares e hotéis e comprá-las em alguns supermercados, desde que não as consumam em público. Já em emirados como Sharjah, bebidas alcoólicas são totalmente proibidas.
4. Brunei
Situado na ilha de Bornéu, o pequeno estado de Brunei proíbe a venda de bebidas alcoólicas em seu território. No entanto, estrangeiros não-muçulmanos podem entrar com até dois litros de destilados ou 12 latas de cerveja a cada 48 horas, mas devem obter uma autorização para beber.
5. Bangladesh
Pequeno estado da Ásia rodeado pela Índia e por Myanmar, Bangladesh reprime de maneira estrita a venda de álcool em seu território. Apenas alguns bares, restaurantes e hotéis servem drinques alcoólicos a seus visitantes estrangeiros.
 
6. Paquistão
Visitantes estrangeiros não-muçulmanos podem encontrar bebidas alcoólicas legalmente em hotéis quatro e cinco estrelas nas principais cidades, como a capital Islamabad. No entanto, no país, existe um perigoso mercado negro de bebidas destiladas de maneira artesanal, que já foram apontadas como responsáveis de centenas de mortes.
 
7. Irã
O Irã é um dos países mais severos do mundo na repressão às bebidas alcoólicas, chegando a condenar à pena de morte pessoas que forem pegas bebendo repetidamente. Visitantes não-muçulmanos podem entrar ao país com bebidas, sempre e quando estas forem consumidas em eventos particulares.
8. Líbia
Na Líbia, o álcool só pode ser comprado no mercado negro, muito perigoso pela péssima qualidade das bebidas. As penas para quem for pego comercializando ou consumindo álcool, no entanto, são duras.
9. Iêmen
Como em muitos países muçulmanos, bebidas alcoólicas podem ser encontradas em alguns hotéis do Iêmen. Turistas não-muçulmanos podem entrar com álcool, sempre e quando estes não forem consumidas em público.
10. Kuwait
No Kuwait, consumo e venda de bebidas alcoólicas são estritamente proibidos. Elas são encontradas apenas em algumas embaixadas, que as servem em seus eventos sociais.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Em 2013 brasileiro trabalhará 150 dias para pagar impostos

Em 2013 o brasileiro trabalhará 150 dias, ou quase cinco meses do ano, somente para pagar impostos, taxas e contribuições aos cofres públicos, conforme demonstra o estudo "Dias Trabalhados para pagar Tributos", do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT). No ano passado, o contribuinte também trabalhou 150 dias em função dos impostos, mas em razão de 2012 ser ano bissexto, cumpriu suas obrigações tributárias com o fisco um dia mais cedo, ou seja, no dia 29 de maio.
 
 
De acordo com o presidente-executivo do IBPT, João Eloi Olenike, em 2013, o contribuinte brasileiro destinará cerca de 41,08% do seu rendimento bruto para pagar tributos sobre os rendimentos, consumo, patrimônio e outros, carga que tem aumentado a cada ano: em 2012, comprometeu 40,98% do seu ganho para este fim. "Apesar de contribuir cada vez mais com a crescente arrecadação tributária do País, que em 2012 chegou a R$ 1,59 trilhão, o brasileiro continua não vendo a adequada aplicação destes recursos em serviços públicos de qualidade, principalmente nos setores de educação, saúde, segurança e outros fundamentais para que a sociedade se desenvolva", diz.
 
O presidente do IBPT acredita que a Lei 12.741 de 2012, que obrigará a informação da carga tributária dos produtos e serviços nos cupons e notas fiscais ao consumidor, a partir de 10 de junho, é um grande passo para despertar a consciência tributária do brasileiro. Ainda ontem o ex-ministro das Comunicações e CEO da Quest Investimentos, Luiz Carlos Mendonça de Barros, fez duras críticas à política econômica do governo da presidente Dilma Rousseff, durante conferência no "Seminário Perspectivas para o Agribusiness 2013 e 2014", promovido pela BM&FBovespa. "O Brasil bateu no teto e a mudança, para ser feita, precisa de ter cabeça aberta. A presidente Dilma é pessoa séria, mas, do ponto de vista econômico, é uma tristeza", disse. Para ele, o crescimento da economia e o aquecimento do mercado de trabalho que "empurraram o governo Lula" já não ajudam o governo Dilma. Com isso, o modelo de crescimento, por meio de intervenções do Estado, precisa ser mudado. "O modelo está ultrapassado e o próximo passo é permitir que o setor privado seja o instrumento do governo para gerar renda", disse Mendonça de Barros. "O problema da presidente é que ela quer colocar o Estado para gerar renda."
 
A proposta do ex-ministro prevê ainda conter o crescimento econômico por um ou dois anos, para altas máximas de 2% a 2,5% anuais do Produto Interno Bruto (PIB), até que haja recuperação na oferta, por meio de investimentos privados.

Fonte: DCI

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Bollywood: 100 anos de cinema!

A maior indústria de cinema do planeta está comemorando seu centário em 2013: Bollywood! A Índia, atualmente, produz uma média de mil filmes por ano, em comparação com os 600 de Hollywood (EUA). Conhecido por fazer filmes que misturam cultura indiana, romance e música, Bollywood, e outras produções regionais têm enfrentado dificuldades para emplacar no mercado global, já que o cinema indiano tende ser encarado como longos números de música e dança (muitos fimes passam de 3 horas de duração...). O cinema indiano possui vários gêneros e estilos, mas o principal estilo usado é chamado masala (que remete ao tempero tipico do país que mistura inúmeras especiarias). Os filmes chamados "masala" são uma mistura de drama, romance, comédia, música e violência. 


Para quem não viu algum filme produzido pela índia, é interessante se aventurar. As produções costumam ser muito coloridas, algo muito bonito de se ver. Algumas histórias lembram as historietas mexicanas vistas nas novelas. Muitas vezes divertidos e quase beirando o esdruxulo ( para nós que não estamos acostumados), vale dar uma conferida no YouTube.  Filmes como "Você, eu e nós" de 2008 e "Meu Nome É Khan" de 2010 foram grandes sucessos de bilheteria, mas nada se compara ao filme “Dilwale Dulhania Le Jayenge”, produzido em 1995 e entrou para o livro dos recordes por ter permanecido em cartaz por mais de 15 anos. Infelizmente, é raro no Brasil conseguirmos assistir a filmes indianos, salvo por alguma Mostra. 


Este ano o Festival de Cannes, a Índia é o "país convidado" e pretende divulgar um cinema diferente. "Se você usa o termo Bollywood, ele realmente representa o tipo de filme de música e dança", afirmou o diretor Amit Kumar, que apresenta o seu "Monsoon Shootout", um suspense policial, em Cannes. "Precisamos mostrar o cinema indiano como algo mais internacional, e eu espero que nossa presença em Cannes faça o mundo se dar conta que o nosso cinema é mais do que apenas Bollywood." O filme de Kumar é um dos quatro indianos que serão apresentados em Cannes. Não há filmes indianos concorrendo nas principais categorias do festival. Para a segunda maior população da Terra, investir em cinema local é muito bom para a economia do país. E para os outros países é um campo de demanda de extrema importância.

Vale a pena pesquisar no YouTube e ver a criatividade do cinema indiano. Nada a ver com "Quem quer ser um milionário". Pode até parecer algo estranho, mas toda a cultura é estranha vista pela primeira vez. E vida longa ao cinema indiano e mundial!

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Rússia: Proibição de véu muçulmano eleva tensão em região

   As garotas da família Salikhov vivem na fronteira do país. A estrada é de terra, pontilhada de poças e ovelhas, e sua casa não dispõe nem de encanamento nem de água encanada. Elas achavam que neste ano as autoridades fariam a ligação de gás natural.

   Em vez disso, elas se encontram no meio de um debate sobre religião na Rússia.

   Quando a direção da escola local, no extremo leste da escassamente povoada região de Stavropol, anunciou que garotas com véus muçulmanos não poderiam entrar em escolas públicas, a família Salikhov teve de fazer mudanças.

   Raifat, 15 anos, chorou ao saber que seria enviada ao vizinho Daguestão. Sua sobrinha, Amina, 10 anos, começou a ter aulas particulares com um professor em vez de frequentar a aula na escola primária local. A irmã de Amina, Aisha, de cinco anos, não sabe que sua vida mudou. Numa manhã recente, ela estava sentada à mesa da cozinha e tentava colorir dentro das linhas do desenho.

   A proibição dos véus levada a cabo por Stavropol – a primeira restrição ampla a ser imposta por uma região na federação russa – está sendo questionada nos tribunais. A atitude nasceu em meio a tensões étnicas que vêm confrontando o Kremlin com um problema: o presidente russo, Vladimir V. Putin, teve sucesso em controlar a violência separatista no norte do Cáucaso em parte pela concessão de subsídios e ampla autonomia às regiões predominantemente muçulmanas. Porém, agora o Kremlin precisa lidar com o ressentimento crescente em regiões onde predomina a etnia russa, como Stavropol, situada no limite da cordilheira do Cáucaso.

   Quando a severa diretora russa de uma escola num destes vilarejos pobres disse que não mais aceitaria garotas de véu, ela se tornou uma heroína para muitas pessoas em Stavropol. Os líderes da região a apoiaram, adotando um uniforme que não permite nenhum tipo de cobertura na cabeça das meninas; a restrição afeta uma população de cerca de 2,7 milhões. Segundo estatísticas oficiais, aproximadamente dez por cento dos residentes são muçulmanos, embora o número verdadeiro possa ser o dobro por conta da migração não registrada, garante o International Crisis Group.

   Ali Salikhov, pai de Amina, afirmou que não será amedrontado e levado a relaxar sua visão quanto ao véu.

   "Se pensam que porque alguma coisa acontecerá à minha família eu vou esquecer minha religião, garanto que não, a religião é o objetivo da minha vida. Durante 70 anos, nos ensinaram que Deus não existia, mas isso terminou e isto também passará. Daqui a 20 anos, vão se esquecer de que os véus um dia foram proibidos na Rússia."

   Existem pessoas influentes do lado de Salikhov. Um advogado famoso da vizinha Chechênia aceitou representar quatro pais de filhas agora excluídas da escola, argumentando que sob a lei russa somente as autoridades federais podem restringir o direito constitucional de liberdade religiosa.

   O advogado, Murad Musayev, afirmou ver a proibição de Stavropol como uma tentativa de acirrar a tensão entre grupos que vivem juntos pacificamente, talvez com o intento de estabelecer a região a leste da cidade como fronteira étnica.

   "Quando discutimos o aspecto social do problema com os véus, um de nossos adversários falou: 'Deixem essa gente voltar à sua terra natal histórica, à sua terra do véu e que usem os véus por lá'. Essa é uma opinião muito comum na Rússia."

   Para começo de conversa, é raro ver véus nesta região, o que pode explicar por que Marina Savchenko, diretora da escola número 12, na vila de Kara-Tyube, decidiu bater o pé.

   Pessoas de etnia russa vêm deixando as estepes há anos, principalmente por motivos econômicos, da mesma forma que os jovens do grupo étnico nogai, que pratica uma forma moderada do islã. Os nogais estão sendo substituído por daguestaneses, mais conservadores, embora somente algumas garotas de alguns vilarejos usem véus na escola.

   Contudo, com o crescimento do sentimento conservador a favor da igreja na Rússia, os noticiários nacionais destacaram a história de Stavropol, mostrando um administrador levando uma criança de véu de volta ao ônibus da escola e a despachando de volta para casa.

   "Esta é uma instituição. Roupas seculares devem ser usadas aqui, algo formal", Savchenko declarou a uma equipe de televisão. "Só isso. Não é um assunto a ser discutido."

   Ela foi saudada por autoridades em Stavropol, com 81 por cento da população formada por russos e ainda considerada por muitos como território cossaco tradicional. Quando Savchenko relatou ter recebido telefonemas ameaçadores do Daguestão, organizações nacionalistas se ofereceram para lhe fornecer segurança. Logo depois, ela deixou a vila.

   Contudo, sua posição já tomou proporções nacionais, a tal ponto que o próprio Putin tratou do assunto na tradicional sessão de perguntas e respostas transmitida pela televisão, em dezembro. Ele ficou do lado da diretora.


   "Não existem véus em nossa cultura, e quando digo 'nossa', me refiro ao nosso islã tradicional", afirmou Putin. "Estadistas autoritários no mundo islâmico também afirmam que isto não deveria ser feito. Vamos adotar tradições estrangeiras? Por que agiríamos assim?"

   A decisão ecoou pelos grupos étnicos muçulmanos, incluindo os que nunca adotaram o véu. Anvar Suyunov, nogai de Kara-Tyube, disse que a decisão tocou "uma questão muito complicada de autodeterminação", a qual poderia se mostrar perigosamente desagregadora.

   "É uma ideia burra porque eles podem dividir o país ao meio. Toda ação tem uma reação."

    Na casa da família Salikhov, os homens também a debatiam, sentados em almofadas no chão. Ali Salikhov recordou-se das conversas estranhas ocorridas durante o outono do Hemisfério Norte, quando administradores falaram que a proibição era uma medida de segurança. Falaram que se agarrassem o véu de Amina, ela poderia ser esganada.

   Salikhov, cujos pais se mudaram para o vilarejo durante o período soviético, disse não considerar o "excesso de conhecimento" necessário para uma muçulmana que, no fim das contas, "será a dona de casa de seu marido". Porém, ele se sentiu irritado ao enviar a irmã de 15 anos, Raifat, ao Daguestão, onde os véus são permitidos, mas a qualidade do ensino é pior. Segundo ele, sua irmã venceu uma olimpíada acadêmica.
Fonte: The New York Times
 

quinta-feira, 21 de março de 2013

ENEM: A representação da educação brasileira

Depois das últimas notícias sobre o ENEM deste ano, só me resta LAMENTAR e ficar REVOLTADA...
 
A Educassão no Brasil vai de mau a pior. Daqui alguns anos só será nesseçário saber açinar o póprio nome para entrar na Univerçidade!

 
BRASIL: PAÍS RICO É PAÍS SEM POBREZA. O que esperar de um país cujo o Governo que o representa tem um slogan deste?
 
Até quando a Educação não será valorizada no Brasil? 

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ganhadores do Oscar 2013

Inicio esta postagem fazendo uma crítica a Rede Globo de Comunicação por dar prioridade ao horrendo BBB, que passa todos os dias, ao invés de exibir a Cerimônia do Oscar 2013 desde o início. Todavia, esta foi, para mim, a cerimônia mais chata dos últimos anos...Fazer Catherine Zeta-Jones e Jennifer Hudson cantarem no palco, foi desnecessário.
 
Por outro lado, o resultado da premiação me agradou. E não teve nenhuma surpresa tão grande (tirando o Oscar de Atriz para Jennifer Lawrence). Christoph Waltz e Daniel Day-Lewis não deveriam mais concorrer a prêmios de tão maravilhosos que são interpretando. "Amor" do Haneke (eu devo ser a única pessoa que não gostou no filme no mundo) era o favortio e levou. Adele foi o ponto mais bonito e agradável da festa. Com sua voz única consagrou-se agora no cinema com a canção "Skyfall", de "007: Operação Skyfall". Animação ganhou "Valente". Falando em animação, fazia algum tempo que a categoria não vinha com candidatos tão fracos. E ao meu ver, "Piratas Pirados" era mais interessante que a ruivinha...
 
 
Outro ponto a destacar foi a não premiação do nacionalista e "anti-terrorista", "A Hora Mais Escura", nas categorias mais visadas. Aleluia!

Méritos a Affleck por "Argo", Ang Lee por "As aventuras de Pi" e ao mestre Tarantino por "Django Livre". De resto, o Oscar deste ano foi sem sal, com direito a tombo, Mark Wahlberg para estragar minha noite e corte de microfone por ultrapassar o tempo nos agradecimentos da equipe de "Pi" por efeitos especiais...

Lista dos premiados:
Melhor filme: Argo, de Ben Affleck
Direção: Ang Lee (As Aventuras de Pi)
Ator: Daniel Day-Lewis (Lincoln)
Atriz: Jennifer Lawrence (O Lado Bom da Vida)
Ator coadjuvante: Christoph Waltz (Django Livre)
Atriz coadjuvante: Anne Hathaway (Os Miseráveis)
Roteiro original: Django Livre
Roteiro adaptado: Argo
Animação: Valente
Filme estrangeiro: Amor (Áustria)
Fotografia: As Aventuras de Pi
Montagem: Argo
Direção de arte: Lincoln
Figurino: Anna Karenina
Maquiagem: Os Miseráveis
Trilha sonora: As Aventuras de Pi
Música: Skyfall, de Adelle (007: Operação Skyfall)
Som: A Hora Mais Escura e 007: Operação Skyfall
Efeitos sonoros: Os Miseráveis
Efeitos visuais: As Aventuras de Pi
Documentário: Searching for Sugar Man
Curta-metragem: Curfew
Curta documental: Inocente
Curta animado: Paperman

 
Ano que vem tem mais!
 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

COURSERA: Cursos gratuitos nas melhores Universidades do mundo

Estava assitindo  ao Globo Ciência no canal "Futura" um dia desses (infelizmente este programa passa na Globo de manhã muito cedo quando quase toda a população está dormindo...poderia muito bem passar no horário do BBB ou do Video Show, por exemplo) e uma das matérias era sobre o site COURSERA.
 
Este é um site no qual pessoas do mundo todo podem se inscrever para cursar, entre mais de 15 Universidades, algum curso totalmente gratuito e com os melhores professores!
 
O objetivo desta empresa é dar e levar a todos o acesso à educação de ótimo nível mundial e que até agora, tem sido disponível apenas para um grupo seleto de pessoas e que geralmente, pagam por seus estudos.
 
 
 
As aulas no site são projetadas para ajudar o aluno a dominar o material. Quando alguém se inscreve para algum curso, terá login e acesso online e poderá assistir à palestras ministradas por professores de classe mundial, aprender no seu próprio ritmo, testar o seu conhecimento, e reforçar conceitos através de exercícios interativos. Além disso, o aluno também vai participar de uma comunidade global de milhares de estudantes que aprendem juntos.
 
Os cursos são projetados com base em sólidos fundamentos pedagógicos, para ajudar os alunos a dominarem rapidamente novos conceitos de forma rápida e eficaz. São oferecidos cursos em uma ampla gama de temas, abrangendo as Humanidades, Medicina, Biologia, Ciências Sociais, Matemática, Negócios, Ciência da Computação, e muitos outros.
 
 
Se você está procurando melhorar o seu currículo, avançar em sua carreira, ou apenas aprender mais e expandir o seu conhecimento, este site é ideal.

E o melhor, treinar o inglês sempre é bom!

Informações:https://www.coursera.org

 

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Palestrantes do "Fonteiras do pensamento" 2013

Acaba de ser lançado os nomes de alguns palestrantes que estarão presentes no "Fronteiras do pensamento" edição 2013 em Porto Alegre.
 
 
Karen Armstrong, 6 de maio
 
Historiadora britânica considerada uma das mais respeitadas estudiosas de questões religiosas. Nascida em Worcestershire, na Inglaterra, em uma família de ascendência católica irlandesa, Karen se dedicou à vida religiosa na juventude, e chegou a fazer votos como freira na Sociedade do Sagrado Menino Jesus. Depois de quatro anos, abandonou a vida no convento e se dedicou à academia. Seu interesse pelo tema dos fundamentos morais e filosóficos comuns entre o cristianismo e, em suas palavras, suas religiões irmãs, o judaísmo e o islamismo, desenvolveu-se enquanto trabalhava como apresentadora de documentários para o Channel Four. Nos anos 1980, viajou a Jerusalém para uma produção sobre a vida de São Paulo. Ela já chamou a estada na Cidade Santa como definidora para seus trabalhos subsequentes, como Uma História de Deus (1993), Jerusalém: Uma Cidade, Três Religiões (1996) e biografias de São Paulo (1983), Buda (2001) e Maomé (1991). Em 2008, agraciada com US$ 100 mil concedidos pelo TED Prize, deu início à Charter for Compassion, iniciativa focada na promoção de paz e concórdia entre diferentes visões religiosas.
 
Marina Silva, 27 de maio
 
Uma das pioneiras em trazer para a esfera pública questões sobre ecologia, Marina Silva é historiadora e pedagoga e foi companheira de Chico Mendes na luta pela preservação dos seringais amazônicos. Duas vezes senadora pelo PT do Acre, foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula, de 2003 a 2008. Em 2009, filiou-se ao PV, pelo qual concorreu à Presidência em 2010. Trabalha hoje para criar um novo partido, o Rede Sustentabilidade.
 
Manuel Castells, 10 de junho
 
Sociólogo espanhol, é um dos principais pensadores da era da informação globalizada e de suas consequências na sociedade, na cultura e no espaço urbano. De orientação marxista clássica em seus primeiros trabalhos, dedicados à sociologia das metrópoles, tornou-se um pesquisador das transformações provocadas pela internet. É autor de mais de 20 livros, entre eles a trilogia A Sociedade em Rede, O Poder da Identidade e A Galáxia da Internet.
 
António Damásio, 24 de junho
 
Neurocientista português radicado nos Estados Unidos, onde leciona na Universidade do Sul da Califórnia, desenvolve pesquisas sobre o papel das emoções na cognição social e na tomada de decisões. Busca entender como o cérebro processa a memória e a linguagem, analisando também a base cerebral dos comportamentos sociais. Tem publicados no Brasil, entre outros, os livros E o Cérebro Criou o Homem e O Erro de Descartes.
 
Kwame Appiah, 12 de agosto
 
Filósofo e pensador da cultura africana e afro-americana nascido em Londres e criado em Gana. Eleito um dos principais pensadores globais pela revista Foreign Policy, em 2010, leciona na Universidade Princeton. Seus interesses envolvem ainda história intelectual e estudos literários e culturais. Entre seus livros, foram publicados no Brasil O Código de Honra - Como Ocorrem as Revoluções Morais, Na Casa de meu Pai - A África na Filosofia da Cultura e Introdução à Filosofia Contemporânea.
 
Peter Singer, 26 de agosto
 
Filósofo moral nascido na Austrália, tornou-se mundialmente célebre em 1975 com a publicação de Libertação Animal, livro que se tornou a bíblia do movimento pelos direitos dos animais. O termo "especismo" passou a ser amplamente utilizado para definir a discriminação contra seres não humanos. Também publicou no Brasil os livros Ética Prática e Um Só Mundo - A Ética da Globalização, ambos pela editora Martins.
 
Leymah Gbowee, 9 de setembro
 
Uma das três vencedoras do Prêmio Nobel da Paz, em 2011, ficou conhecida como Guerreira da Paz. Liderou um movimento de mulheres durante a segunda fase da guerra civil da Libéria (1999 - 2003). Unindo cristãs e muçulmanas, organizou manifestações, incluindo uma greve de sexo. O esforço ajudou a levar ao poder Ellen Johnson Sirleaf, também vencedora do Nobel da Paz, em 2011, a primeira mulher eleita chefe de Estado na África moderna.
 
José Ramos-Horta, 30 de setembro
 
Jurista de formação, nascido no Timor Leste, foi, durante anos, um dos principais porta-vozes internacionais da causa da libertação de seu país, primeiramente do jugo colonial português e, após 1975, da ocupação indonésia, que durou até 1999. Pela campanha pelo fim da invasão, recebeu em 1996 o Prêmio Nobel da Paz. Depois da retirada indonésia, foi primeiro-ministro do país de 2006 a 2007 e o segundo presidente timorense, de 2007 a 2012.
 
 
 
Perry Anderson, 14 de outubro
 
Historiador e ensaísta britânico, é um dos principais analistas do marxismo, tendo discutido em suas obras ideias de Marshall Berman, Sartre, Isaac Deutscher, Louis Althusser e Antonio Gramsci, entre outros. Em 1962, tornou-se editor da New Left Review, cargo que ocupou por mais de 20 anos. Sob sua coordenação, a revista tornou-se uma das mais influentes publicações europeias. Entre seus livros, incluem-se Linhagens do Estado Absolutista e Espectro: Da Direita à Esquerda no Mundo das Ideias.
 

Paul Zak, 4 de novembro
 
Norte-americano, Zak é professor de Psicologia Econômica e Administração na Claremont Graduate University, na Califórnia. Com formação em matemática e economia, é um dos fundadores do campo de estudo da Neuroeconomia. Destacou-se ao postular a influência do hormônio oxitocina no despertar da sensação de confiança em aspectos das relações humanas como a economia e a moralidade.
 
Programe-se
 
Confira como adquirir seu passaporte para acompanhar as conferências do ciclo de altos estudos Fronteiras do Pensamento, a partir de maio:
 
- O Fronteiras do Pensamento será realizado em 10 encontros no Salão de Atos da UFRGS (Avenida Paulo Gama, 110), em Porto Alegre.

- O passaporte para todas as palestras da edição 2013 custa R$ 925 (parcelados em até 5x sem juros no cartão de crédito). Como já foi feito em outras edições, não serão vendidos ingressos para palestras avulsas.

- Os passaportes podem ser adquiridos pelo telefone (51) 3019.2326, pelo site oficial do evento (www.fronteiras.com) e nos seguintes pontos de venda: nas livrarias Palavraria (Vasco da Gama, 165) e Bamboletras (Lima e Silva, 776, Loja 3) e no StudioClio (Rua José do Patrocínio, 698).

- Alunos de edições anteriores do Fronteiras e médicos cooperados da Unimed Porto Alegre têm 20% de desconto.

- Ao final do curso, os alunos com no mínimo 75% de presença recebem um certificado de participação de 20h em curso de extensão chancelado pela UFRGS.
 
- Pode-se acessar www.fronteirasdopensamento.com.br/  para se ter mais informações também.

Recontando a História: exumação de Dom Pedro I, Dona Leopoldina e Dona Amélia

Depois de encontrar o corpo de Henrique III, a História mundial está pronta para novos achados. Pela primeira vez em quase 180 anos foram exumados para estudos os restos mortais de Dom Pedro I, o primeiro imperador do Brasil, e de suas duas mulheres: as imperatrizes Dona Leopoldina e Dona Amélia.
 
 
Os exames, realizados em sigilo entre fevereiro e setembro do ano passado pela historiadora e arqueóloga Valdirene do Carmo Ambiel, com o apoio da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, revelam fatos até então desconhecidos da família imperial brasileira e compõem um retrato jamais visto dos personagens históricos, cujos corpos estão na cripta do Parque da Independência, na zona sul da cidade, desde 1972.
Agora se sabe que o imperador tinha quatro costelas fraturadas do lado esquerdo, o que praticamente inutilizou um de seus pulmões - fato que pode ter agravado a tuberculose que o matou, aos 36 anos, em 1834. Os ferimentos constatados foram resultado de dois acidentes a cavalo (queda e quebra de carruagem), em 1823 e 1829, ambos no Rio.
 
No caixão de Dom Pedro, nova surpresa: não havia nenhuma comenda ou insígnia brasileira entre as cinco medalhas encontradas. O primeiro imperador do Brasil foi enterrado como general português, vestido com botas de cavalaria, medalha que reproduzia a constituição de Portugal e galões com formato da coroa do país ibérico. A única referência ao período em que governou o Brasil está na tampa de chumbo de um de seus três caixões: a gravação Primeiro Imperador do Brasil, ao lado de Rei de Portugal e Algarves.
 
 
Ao longo de três madrugadas, os restos mortais da família imperial foram transportados da cripta imperial, no Parque da Independência, à Faculdade de Medicina da USP, na Avenida Doutor Arnaldo, onde passaram por sessões de até cinco horas de tomografias e ressonância magnética. Pela primeira vez, o maior complexo hospitalar do País foi usado para pesquisar personagens históricos - na prática, Dom Pedro I, Dona Leopoldina e Dona Amélia foram transformados em ilustres pacientes, com fichas cadastrais, equipe médica e direito a bateria de exames.
 
 
No caso da segunda mulher de Dom Pedro I, Dona Amélia de Leuchtenberg, a descoberta mais surpreendente veio antes ainda de que fosse levada ao hospital: ao abrir o caixão, a arqueóloga descobriu que a imperatriz está mumificada, fato que até hoje era desconhecido em sua biografia. O corpo da imperatriz, embora enegrecido, está preservado, inclusive cabelos, unhas e cílios. Entre as mãos de pele intacta, ela segura um crucifixo de madeira e metal.
 
O estudo também desmente a versão histórica - já próxima da categoria de “lenda” - de que a primeira mulher, Dona Leopoldina, teria caído ou sido derrubada por Dom Pedro de uma escada no palácio da Quinta da Boa Vista, então residência da família real. Segundo a versão, propalada por alguns historiadores, ela teria fraturado o fêmur. Nas análises no Instituto de Radiologia da USP, porém, não foi constatada nenhuma fratura nos ossos da imperatriz.
 

 
Fonte: Folha de São Paulo.
 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Sony vai lançar PS4 até o final do ano

   A empresa Sony deverá lançar, até ao final do ano, o PlayStation 4 com múltiplas funções, sete anos depois do lançamento da PS3, que vendeu mais de 75 milhões de exemplares, de acordo com a própria fabricante japonesa.
 
   Conforme o jornal "Asahi", a Sony prepara um novo modelo que, além dos jogos, será concebido para acomodar todos os conteúdos audiovisuais distribuídos na Internet pela Sony e interagir com os "smartphones".
 
 
 
   As notícias em torno do lançamento da PS4 entusiasmaram os investidores na Bolsa de Tóquio, com as ações da Sony que se valorizaram quase 4% esta quinta-feira de manhã (07/02/13). Na semana passada, a Sony convidou a imprensa para um evento mistério agendado para 20 de fevereiro em Nova Iorque, o qual, segundo escreve a agência AFP, poderá servir para a apresentação oficial do desenvolvimento e do lançamento do novo video game.